É mais um ano em que ocorre uma verdadeira onda revolucionária, que se espalha de país em país.
Dar-me-ei por satisfeito ver o fim das ditaduras desde a Arábia Saudita à Líbia, do Egipto ao Bahrain, e do Iraque ao Irão. Para que haja o fim das ditaduras apoiadas pelos americanos, das apoiadas pelo ex-bloco soviético, e das apoiadas pelos radicais islâmicos.
Para a liberdade e auto-determinação dos povos do Norte de África e do Médio Oriente. Livres de interesses doutros blocos, livres de armas, livres das prisões do petróleo, e livres de ideologias radicais.
Quiçás esta onda revolucionária vai chegar à Europa e Estados Unidos.
Afinal, parece haver mesmo ciclos de revoluções. Marx tinha razão.
Há 230 anos, as monarquias começaram a cair com as Revoluções Americana e Francesa. Rigores económicos ditaram que o povo se revoltasse.
Passados 80 anos, a Europa sofria uma onda revolucionária e os Estados Unidos libertavam-se da escravatura com Abraham Lincoln. Anos de crise económica e injustiça social, levaram novamente o povo a revoltar-se em muitas zonas ocidentais.
Passados outros 80 anos, a Europa sofria as convulsões da Guerra Mundial, libertando-se de novas ditaduras, que tinham surgido após uma depressão económica.
Mais 80 anos para o futuro, e encontramo-nos na entrada de uma década que promete muitas revoluções e revoltas. De novo por causa de uma crise económica, a actual.
Como a história se repete pela quarta vez consecutiva!
Na Europa os países perdem as soberanias para os poderes económicos do FMI e dos Bancos Centrais. Gastam-se biliões de euros por prejuízos que nunca tivemos responsabilidade, enquanto o desemprego aumenta. E os Estados gastam biliões com os bancos (os culpados) mas nada fazem para ajudar o povo.
Tudo a troco duma descontrolada especulação financeira, como se fossem "jogos de casino".
Portanto, faço figas para que esta onda revolucionária chegue à Europa.
Para que o povo acorde e se revolte novamente!
Com os nossos "day of rage", para demolirmos os poderes corruptos europeus e americanos.
Se funcionou antes, porque não há de funcionar agora?
Apoio portanto as manifestações da "Geração à Rasca" deste Sábado.
