sábado, fevereiro 21, 2004

Dissolução....

Vou dormir. Dissolver-me naquele mar no qual o corpo e a alma se separam.
Será?
À medida que adormeço, sinto uma paz crescente, meus músculos relaxam mais e mais e mais, energias sobem pelo corpo (sexuais?) e este entra num estado de espantosa calma!
A mente dissolve-se também. E com ela o ego.

Sinto meus pensamentos cadaz vez mais aleatórios, misturando-se e refazendo num oceano de creatividade que agora discubro.
É creatividade pura e crescente! (em neurobiologia chama-lhe as ondas alfa)
(Apenas se torna mais díficil de recordar quando mais profundamente no inconsciente mergulho)

E agora lembro-me da minha antiga infância, memórias recalcadas que neste estado não julgo, não doem, nem rio, apenas as repito vezes sem conta.
Sabes o que isso significa??!

E medito coisas mais obscuras e difusas. Do domínio inconsciente. Do domínio emotivo. Do domínio espiritual.
Sabes o que isso é?

E ouço vozes. Vozes e sons estranhos.
E padrões de cores fantásticas quase como que uma cidade de um futuro distante em que só formas de ideias e emoções existem..
Abstração! (não pensem que estou a ficar esquisofrénico! Os psicólogos designam este estado que tofos passam antes de adormecer, o estado hipnogótico, no qual as alucinações visuais e auditivas passam quase despercebidas!!)
Talvez seja dos níveis de serotonina a cresceram. Dos níveis de melatonina (hormona que regula os ciclos diários, a actividade noctura do sono e sonhos e que aumenta o estímulo sexual)

E quando mais profundo fico, menos me consciencializo do corpo, menos da mente, mais da alma.
Vou adormecendo. Já mais profundo que uma simples meditação (neste campo os budistas experientes vão mias longe)

Aquele, o corpo, quase esquecido já (após uns 10 minuots) esfria e vai estremece. Estremece e estremece quase como se energia se propagasse rapidamente pelo corpo como um relampâgo orgásmico.
E tremem as pernas e o tronco. (Para mim parecem minutos, mas na realidade só passaram segundos)

E a um súbito instante, esqueço-me de tudo. (Adormeci)
Apenas por duas ou três vezes me vi num mundo surreal de formas leves e brilhantes. Meio sonho lúcido, meio uma experiência extra-corporal. E aí ou acordava devido à impiedosa tendência pata racionalizar (que me coloca num esatdo mais consciente) ou adormeço esquecendo-me de tudo.

Sabem bem estes momentos. Dormir sabe muito bem. E acrescento-lhe ainda o prazer enorme de explorar estes caminhos estranhos da dissolução.
Dissolução...

(Mais informação em livros/ internet e numa cama perto de si)

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